Quais tipos de estoque você pode ter em seu e-commerce
Existem diferentes tipos de estoque. Neste artigo, você conhece os principais e pode definir qual a melhor opção para seu e-commerce!
Um ponto fundamental para a logística de quem tem um e-commerce é o estoque. É a partir dele que você pode organizar os produtos com mais ou menos saída, planejar pedidos futuros e saber se você tem artigos encalhados. E, para ordenar suas mercadorias, existem diferentes tipos de estoque.
Neste artigo, vamos apresentar alguns deles, explicar seu funcionamento e trazer alguns pontos positivos e negativos de cada opção. Assim, fica mais fácil avaliar cada uma delas e identificar a que faz mais sentido para o modelo de negócio para quem já tem ou pensa em criar uma loja virtual.
Estoque próprio
A forma mais conhecida para armazenar os produtos quando se vai vender pela internet é a de ter seu próprio estoque. Isso facilita a pronta entrega dos produtos aos clientes, mas pode significar capital parado caso algumas mercadorias fiquem encalhadas.
Mesmo esse tipo de estoque possui variações, que apresentamos abaixo:
Espaço seu
No início, é normal que seu local de trabalho funcione como seu estoque. Normalmente, nesse momento, um cômodo ou armário da sua casa pode ser suficiente para armazenar seus produtos.
O mesmo vale para o caso de você já ter uma empresa com uma operação um pouco maior e funcionar em um local físico, como uma casa ou um escritório para seu negócio. Nesse espaço, é possível ter também uma sala para guardar seus artigos.
Apesar de essa forma de estocar os produtos ser bastante prática, pode ser que seu espaço seja limitado. Então, se achar que precisa de mais prateleiras para armazenar as mercadorias, você pode considerar a opção a seguir.
Self storage
Um self storage é um espaço alugado para armazenamento de produtos. Quando aluga esse espaço, o lojista tem uma chave e pode acessar seu box 24 horas por dia. Além disso, esses locais costumam ser bastante seguros e ainda é possível contratar uma seguradora para garantir que você não saia no prejuízo em caso de roubo.
Os boxes costumam ter de 1 a mais de 100 metros quadrados e, como hoje em dia há mais opções no mercado, há preços acessíveis. Em São Paulo, por exemplo, os preços variam, em média, entre R$ 60 e R$ 80 mensais por metro quadrado. Também já há empresas em mais localidades, o que torna essa uma opção mais prática.
Todavia, você deve ficar atento. Muitas vezes, os preços mais baixos são para depósitos em locais mais afastados dos grandes centros. Portanto, caso considere guardar seus produtos em um local mais afastado, faça os cálculos de tempo e custos para ver o quanto isso impactaria na logística do seu e-commerce.
Estoque compartilhado
Para aquelas empresas que operam vendendo tanto pela internet quanto em lojas físicas, ainda há a opção do estoque compartilhado. Isso significa que os produtos vendidos online e na loja ficam guardados no mesmo local.
Apesar de essa opção ser bastante prática para o lojista, ela exige uma ótima organização do estoque. Isso porque, caso a gestão dos produtos não seja bem feita, é possível que, por exemplo, um artigo já esgotado ainda apareça como disponível na loja virtual.
Portanto, para evitar esse tipo de confusão — que pode influenciar negativamente a experiência dos seus clientes — você pode fazer uso de um ERP, sistema de gestão cujas diversas opções podem ser integradas à plataforma de e-commerce, ou das boas e velhas planilhas, que devem sempre estar atualizadas. Dessa forma, os registros de produtos estarão sempre em dia e não haverá mal entendidos!
Estoque terceirizado
Diferentemente do próprio, o estoque terceirizado é aquele em que o lojista não compra os produtos antes de vendê-los, apenas depois. Como o custo será referente apenas às vendas efetuadas, não há o risco de ficar com mercadorias encalhadas.
Vamos conhecer abaixo cada um dos tipos de estoque terceirizado:
Estoque consignado
O estoque consignado é aquele em que o lojista compra produtos de um fornecedor com a possibilidade de devolver — e receber o dinheiro de volta — aqueles que não forem vendidos.
Essa modalidade pode ser muito benéfica, mas é preciso ficar atento a um detalhe. Como pode ser que o fornecedor arque com os custos de produtos não vendidos, é possível que o preço dessas mercadorias seja um pouco (ou bem) mais alto para o lojista. Dessa forma, faça as contas para saber se esses custos valem a pena para seu negócio.
Dropshipping
O dropshipping é uma modalidade de venda online em que os produtos encomendados são enviados do fornecedor diretamente para o cliente final. A loja online, nesse caso, funciona como uma ponte entre os dois.
Normalmente, esses fornecedores são internacionais e, como você não terá contato direto com o produto, é preciso tomar alguns cuidados para que seu negócio não decepcione os clientes.
O primeiro ponto é o de avaliar bem e conhecer os produtos antes de escolher as empresas de que vai comprar. Além disso, garanta um excelente atendimento e esteja pronto para resolver eventuais problemas dos seus clientes caso as entregas demorem muito ou não aconteçam. Por fim, como os produtos virão de outros países, os prazos costumam ser muito mais altos, o que pode gerar reclamações de consumidores desavisados. Então, deixe claro o tempo até que as compras cheguem a eles.
Agora que você já conhece alguns dos tipos de estoque existentes, pode avaliar qual a melhor opção para seu e-commerce. Lembre-se sempre de avaliar como cada possibilidade pode impactar os custos e prazos na logística da sua loja virtual.
Se a tomada de decisão for feita a partir de uma pesquisa bem feita, é possível melhorar os processos sem que os custos impactem no seu lucro e, mais importante, na experiência dos clientes em seu e-commerce!
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Sobre a autora
Victoria Salemi é a editora responsável pelas parcerias de conteúdo da Nuvemshop, a maior plataforma de comércio digital da América Latina, com mais de 30 mil lojas ativas. Formada em Jornalismo, ama escrever e tornar assuntos complicados acessíveis a todos!