Escrito por Raquel Lisboa
Em 2018, segundo o Hootsuite, o Instagram chegou a um bilhão de contas ativas e mais de 100 milhões de fotos e vídeos publicados por dia. Marcas, em seus perfis empresariais, notaram a taxa de engajamento dez vezes maior, quando comparada ao Facebook.
Além disso, 80% dos usuários seguem ao menos uma conta comercial e cerca de 60% descobrem e aprendem sobre um novo produto através dessa rede social. Assim, divulgar o próprio e-commerce em tal canal se tornou essencial para uma estratégia de marketing.
Entretanto, para se destacar em meio à multidão, seguir os critérios básicos dos algoritmos (envolvimento, temporalidade e relacionamento) e vender pelo Instagram, é preciso adotar alguns cuidados em relação ao público e às postagens.
Conteúdo de qualidade
Atualmente mais de 60% das grandes marcas utilizam o mesmo filtro em todas as publicações e, de acordo com o Sprout Social, fotos geram 36% mais engajamento que vídeos – considerando curtidas e comentários. Para mais, imagens com rostos recebem 38% mais interações.
Logo, se dedicar a fotografias bem enquadradas e tratadas é o primeiro passo para chamar a atenção. Entre os filtros do Instagram mais populares dos últimos tempos, destacam-se o Clarendon, o Gingham e o Juno. E entre os aplicativos de edição mais utilizados, estão o VSCO e o Unfold (para os Stories).
As legendas, por sua vez, devem conter informações complementares e, ao mesmo tempo, atrativas. Identificar o tom e o contexto é extremamente importante para criar um conteúdo alinhado ao público-alvo: se adolescentes, por exemplo, a linguagem tem espaço para ser um pouco mais informal.
Neste quesito ainda, as hashtags (palavras-chave que exercem a função de marcadores) podem fazer a diferença, afinal, hoje já é possível pesquisar determinados assuntos e segui-los a partir da aba de buscas da plataforma. Com isso, a chance dos usuários encontrarem perfis comerciais se torna maior.
Por fim, é primordial desenvolver um calendário editorial com conteúdos variados, como novidades e produtos do e-commerce, dicas relacionadas ao nicho e publicações que mostrem o dia a dia da equipe e confiram uma aparência mais humana ao negócio.
Esse tipo de abordagem com certeza gerará atração e curiosidade em relação a marca e, consequentemente, visitas ao site.
Melhores horários
De nada adianta haver cuidado com as imagens e legendas do feed e dos Stories, se as mesmas forem compartilhadas em horários que o público-alvo não está online no Instagram. Sobre isso, algumas teorias foram criadas com o objetivo de identificar os melhores momentos para publicações.
Segundo o Sprout Social, os preferíveis são quarta-feira às 15h, quinta-feira às 5h, 11h, 15h e 16h, e sexta-feira às 5h; e os piores dias são domingo e segunda-feira.
Todavia, essa hipótese pode não ser válida para todas os perfis, afinal, tudo depende da rotina do público – daí a importância de, desde o início do negócio, fazer um estudo profundo para compreender essas personas.
Portanto, neste caso, a principal dica é testar, inclusive nos fins de semana. E, através da ferramenta Instagram Insights (disponível nas contas empresariais), acompanhar as métricas do alvo e descobrir, de fato, os melhores dias e horários.
Dessa maneira, será muito mais simples criar estratégias para atrair os seguidores a conhecerem a marca e seus produtos e serviços.
Instagram Shopping
Em março de 2018, o Instagram Shopping foi lançado com foco no mobile first e com o propósito de facilitar ainda mais o processo das vendas sociais. Com tags de preços e links dos produtos em fotografias do feed, os usuários são, com poucos cliques, redirecionados ao checkout da loja virtual.
De acordo com depoimentos na própria plataforma, muitos e-commerces conseguiram aumentar o tráfego em aproximadamente 45%, e a receita em até 8%. Além disso, segundo o Hootsuite, 70% dos usuários preferem comprar através dos dispositivos móveis.
Assim, somando o Instagram Shopping aos cuidados com o conteúdo e os horários de publicação, a possibilidade de aumentar as conversões é grande. Para ativar tal funcionalidade, basta ter uma conta comercial integrada a um catálogo do Facebook, em seu Gerenciador de Negócios.
Enfim, vale lembrar a relevância de aliar as abordagens orgânicas citadas anteriormente às alternativas pagas, como o Instagram Ads (que também pode ser configurado pelo mesmo gerenciador). Combinando essas duas frentes, o Instagram poderá se tornar a principal vitrine dos e-commerces que desejam vender mais.
Raquel Lisboa é editora de conteúdo na Nuvem Shop, plataforma de e-commerce líder na América Latina.