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MERCADO DIGITAL

Back to Basics ou Minority Report – Afinal em qual “Era”estamos inseridos e o que a “morte”do E-commerce pode nos ensinar ?

João Paulo Amadio (JP) , Diretor Comercial Infracommerce – Profissional com 23 anos de experiência em E-commerce e Digitalização de Go To Market, atuando em líderes de mercado de segmentos de B2B e B2C.Atuando em stakholders distintos do ecossistema, desde Coca Cola FEMSA, Staples, Facebook Ernst & Young, VTEX e atualmente atuando como Diretor Comercial na Infracommerce.

Quando a NRF 2023 terminava, o poder de síntese e/ou senso comum dos “takeaways” nos levaria para uma mensagem de “Estamos vivendo uma era desafiadora e o momento pede com que varejo e indústria estejam focados em eficiência, sem grandes modismos e foquem no necessário para atender bem seus clientes”.

Um ano depois, uma explosão de IA para todo o lado, o que naturalmente pode levar a síntese de “Estamos vivendo a era da Inteligência Artificial, varejo e indústria que não adotarem, estarão fora do jogo”

Claro, em ambos os destaques existe um poder de síntese exagero, mas, que no contexto, não foge ao que está sendo conversado e publicado.

Podendo estar aqui, assistir conteúdos, conversar com profissionais de distintos segmentos, o meu ponto de vista como resposta ao título do artigo é bem simples: Nem um nem outro!

1º A agenda de 2023 não era voltar ao básico, assim como 2º a agenda de 2024 em diante não deverá ser uma corrida desenfreada em busca de adoção de IA de maneira aleatória e nem será a salvação de todos os negócios.

No meio do caminho, uma constatação que pode nos ajudar nesta conclusão- No meio do caminho, uma constatação que pode nos ajudar nesta conclusão- 3ºo E-commerce como agenda, está “morto”- que bom!

Já está dentro da estratégia de canais de todos os negócios, naturalmente conectado com desafios de marketing, de logística, integrações, políticas comerciais e etc – não existe uma marca que não tenha incorporado isso em seu discurso, assim, como a aplicabilidade de todas as “macrotendëncias” passam por todos os canais.

  1.  A Agenda de 2023 não era voltar ao básicoNegócios que obtiveram sucesso, que passaram por tantos desafios já não entregam mais o básico – A agenda estava mais conectada com eficiência operacional, foco no seu posicionamento , ter cultura aderente a proposta de valor, equilíbrio em investimentos de marketing  aplicar tecnologia de maneira estruturada para impactar a experiência do consumidor – e orquestrar tudo isso é bem desafiador.
  2. A agenda de 2024 : o uso de IA de maneira coerente.A aplicação de IA , na minha opinião, vai totalmente de encontro com os desafios que vimos em 2023 – orquestrar todas essas agendas complexas de maneira muito mais eficiente.IA não é novidade, mas está quente – conceito de dados, automação vem evoluindo a décadas e agora exponencialmente com a combinação de capacidade de armazenamento,processamento e evolução de NLP( Processamento de Linguagem Natural) levam a possibilidades de adoção no backend e no front das operações.

    Alerta ! Não existe milagre! – Em um negócio com pilares ineficientes, muito provavelmente, IA vai multiplicar a ineficiência.

    De todas as informações que recebi e compartilhei, o que me pareceu mais relevante e prático, foram recomendações de que cada negócio entende onde estão suas dores estruturantes é por aí que deveríamos começar.

    Na maioria dos casos, essas dores ainda não estão na ultramega personalização e predileção de ofertas ao consumidor, mas sim, em questões mais básicas como cadastro de produtos, conteúdo de produtos, fotos, orquestração de atendimento ao clientes, fulfillment, logística etc.

  3.  A “morte”do E-commerce e seus aprendizados para este momentoDurante 23 anos, vivenciei diversas abordagens das empresas que passaram a adotar E- commerce dentro de sua estratégia, existem inúmeras particularidades de cada negócio, mas se eu pudesse eleger UM fator crítico de sucesso eu diria que quem conseguiu êxito, tinha um bom negócio, posicionamento definido, clareza de processos e tratou o E- commerce como uma evolução natural da maneira de chegar ao seu consumidor em um 1º momento – Comércio vem desdes os Fenícios – na sequência, entendeu este canal como um catalisador de sua estratégia.Quem lutou contra ou apostou que “apenas”o E-commerce seria a salvação de seu negócio, ficou pelo caminho. Dessa maneira, vejo as agendas extremamente conectadas, o cenário continua complexo e temos uma super combinação de tecnologias para atender os nosso clientes de maneira muito mais ágil e eficiente – tendo uma visão clara e sabendo por onde começar, tenho certeza que a chance de êxito será ainda maior.