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Do Telex à Internet: A revolução dos escritórios

Do Telex à Internet: A revolução dos escritórios 

Por Solange Oliveira*

Quem tem menos de 30 anos talvez não faça a mínima ideia do que é um Telex, não imagina escritórios sem computadores e, certamente, nunca viu um disquete na vida. Em menos de três décadas ocorreram rápidas e profundas mudanças no mundo dos “escritórios”.

Nos anos 80, qualquer um que quisesse ocupar lugar de destaque em seu trabalho ou prestar concurso precisava ter diploma de datilografia em máquina elétrica com esfera. Não faz idéia do que seja? Antes dos computadores usávamos máquinas de escrever, e em todo escritório moderno havia um modelo elétrico de esfera. O curso de datilografia levava espantosos seis meses e concedia um certificado muito valioso à época. Toda secretária executiva tinha um!

Já nos escritórios dos bancos supermodernos havia o Telex, uma rede mundial com plano de endereçamento numérico com terminais únicos, que tinham o poder de enviar uma mensagem escrita para qualquer outro terminal. Uma das particularidades do telex era a garantia de entrega imediata com autenticação dos terminais. Os operadores de Telex eram requisitados e tinham muito status nas instituições financeiras.

A tecnologia deu lugar ao fac-símile, mais conhecido como fax, que transmitia e reproduzia documentos à longa distância através de linha telefônica. O grande sucesso do fax aconteceu principalmente devido à sua grande vantagem sobre os correios, que demoravam em média dez dias para enviar documentos. Com o advento da Internet, do scanner e do e-mail, essa foi mais uma revolução que ficou obsoleta e entrou para a história.

Disquetes e os primeiros notebooks

Com a popularização dos computadores nos escritórios, o armazenamento e distribuição de informação eram realizados por meio do disquete, o avô do pen drive. Criados nos anos 70, os primeiros mediam oito polegadas e disponibilizavam apenas 80Kb de espaço para armazenamento. Pouco depois, surgiu o modelo de 5,25 polegadas e, em meados dos anos 90, popularizou-se a versão mais compacta, com 3,5 polegadas e uma “impressionante” capacidade para armazenar até 1,44 Mb. Somente a título de comparação, um pen drive simples, de 512 K, armazenaria o conteúdo de 365 mil disquetes. 

Computadores mais leves e menores começaram a ocupar as áreas de trabalho rapidamente. Em 1999, um escritório bom e moderno só contava com notebooks nas mesas. Embora ainda muito pesados em relação aos de hoje em dia, eram muito mais práticos do que as grandes máquinas com telas verdes.

A Internet se popularizou a partir de 1998 no Brasil. Se atualmente entramos em um estabelecimento e perguntamos pela senha do WiFi, naquela época usava-se a linha telefônica para conectar o computador à rede.

Hoje, o bom trabalho é compacto, um escritório funciona onde houver uma rede segura e cabe em um bolso, graças ao smartphone, que é capaz de enviar e-mails, fazer reuniões, comprar, vender, falar, ouvir musica, ver filmes. Algo impensável na época do Telex e das máquinas de escrever.

*Solange Oliveira é vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm)

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