E-commerce cresce, mesmo durante a pandemia – Abcomm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico
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MERCADO DIGITAL

E-commerce cresce, mesmo durante a pandemia

E-commerce cresce, mesmo durante a pandemia

por Diniz Fiori

Já se passaram dois meses desde que o isolamento social e outras medidas foram tomadas para minimizar as consequências da COVID -19 e até o momento ninguém sabe ao certo qual vai ser o tamanho dessa tragédia humanitária.

Na economia, também está em curso um outro drama, uma grande crise econômica se aproxima, dizimando empregos e empresas, na maior crise econômica mundial desde a crise de 29, um cenário que ninguém imaginava há alguns meses.

Certezas temos poucas, a maior delas é que a sociedade vai sofrer transformações profundas e que empresas vão se reinventar, arrumar novos modelos de negócios e novas formas de trabalho.

Alguns segmentos já começam a se mostrar como pioneiros nessa transformação. O comércio eletrônico que já era uma tendência mundial, aumentou sua base de usuários em 70%. Para ilustrar essa informação, em condições normais, levaria 10 anos para atingir o incremento no número de novos usuários que foram atingidos em apenas 3 meses. Se consideramos somente o setor de lojas virtuais de supermercados o aumento foi de 196% entre março e abril.

Além disso, alguns segmentos que em países como o Brasil não tinha muita representatividade no setor, como é o caso de supermercados e farmácias, eles apresentaram um crescimento de quase 300%, se caracterizando como modelo dos novos hábitos de consumo.

Se para o varejo de modo geral, a queda tem sido significativa, as vendas pela internet apresentaram boas notícias, com um crescimento de 81%. Segundo dados da Compre&Confie, o e-commerce brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões em abril, aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda, de acordo com um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 70% dos consumidores pretendem continuar comprando por canais digitais mantendo esse hábito na pós-pandemia.

Segundo pesquisa da Tolima Pesquisas, em média 44% dos consumidores não pretendem mudar seus novos hábitos de consumo, como o trabalho remoto, aulas à distância, transações digitais, pedidos on-line e aplicativos de Delivery, mostrando que a sociedade e o consumo vão sofrer profundas transformações depois de passada a pandemia.

Outra grande tendência, devido à crise financeira é a troca de produtos e serviços por opções mais acessíveis. Plataformas que oferecem essas vantagens também vão sentir essa mudança. Na esteira da Uberização, plataformas para contabilidade, gestão e serviços como a portaria remota, por exemplo, vão ser opções para reduzir os custos.

Para o momento, cabe a todas as pessoas se reinventarem, cuidarem de sua saúde e planejarem seus negócios. Uma nova sociedade emergirá, quiçá uma sociedade mais igualitária e mais solidária, pois, são nas dificuldades que crescemos e ganhamos experiência e maturidade.

Diniz Fiori – Mestre em Administração pela UP, doutorando em Administração – UP e Mestrando em Marketing pela Université Tours-França. Professor de graduação e pós. Diretor regional da ABCOmm-PR

Fontes:
Tolima Pesquisas
Compre e Confie
Nielsen
SBVC- Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo

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