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MERCADO DIGITAL

Recommerce: cresce o número de e-commerces com produtos usados

Você pode nunca ter ouvido falar em recommerce, mas certamente já notou como os brechós de roupas usadas cresceram nos últimos anos!

O princípio é o mesmo: brechós vendem roupas, sapatos e acessórios usados, em um processo que ajuda na economia circular – ou seja, evita a produção de lixo que seria gerado pelo descarte dessas peças, encontrando para elas um novo dono.

O recommerce é a venda online de produtos usados, ou de segunda mão, e está em franca expansão no varejo nacional e internacional.

A venda de produtos usados tem sido uma opção para aumentar as taxas de conversão dos e-commerces em todo o mundo, com a vantagem adicionar de ser uma prática sustentável. Não é à toa que ela está sendo adotada não apenas por pequenas operações locais, mas também por grandes marcas.

Tendência do recommerce

A tendência do recommerce tem como base dois pilares do comportamento do consumidor: o consumo consciente e o consumo aspiracional.

O consumo consciente busca produtos e serviços sustentáveis ou com menor impacto ambiental. No caso do recommerce, a diminuição na produção de lixo é o principal atrativo para esse público. 

O consumo aspiracional, por outro lado, é o desejo de possuir itens de marcas de luxo com preços mais acessíveis. Esse comportamento fez com que as vendas de brechós de luxo, de acordo com estudo do Boston Consulting Group (BCG), venham aumentando, em média, 12% ao ano em todo o mundo.

Recommerce de moda

No Brasil, o grande destaque do recommerce fica por conta do mercado de roupas. O mais conhecido é o site Enjoei, que permite que pessoas comuns revendam itens que não querem mais, independente da marca ou valor. Segundo um levantamento dessa plataforma, 56% dos brasileiros já tiveram algum tipo de negociação envolvendo segunda mão, comprando ou vendendo produtos usados.

Outra operação que merece destaque é o Troc, brechó de luxo virtual criado em 2017 e comprado pelo grupo Arezzo&Co em 2020. O Troc conta com uma curadoria de peças de luxo, o que garante a qualidade e a garantia de que os produtos são peças genuínas – posicionando o recommerce na contramão do comércio de produtos falsificados, a famosa “pirataria da moda”, que explodiu nos anos 2000.

Um relatório da ThredUp indica que o mercado de revenda de roupas ainda tem uma previsão de crescer em até cinco vezes até 2024, comprovando a tendência do recommerce no setor de moda.

Recommerce de eletrônicos

Outra tendência é a revenda de eletrônicos usados, principalmente depois que a rede norte-americana Walmart anunciou que para ajudar os compradores a economizar dinheiro e impulsionar seu mercado online. O plano da empresa é começar a vender produtos usados ​de empresas como Apple, Samsung e Kitchen Aid.

Outro excelente exemplo de recommerce de eletrônicos é a AMSO, loja virtual polonesa especializada no aluguel e venda de equipamentos eletrônicos como celulares, tablets e notebooks, tanto para consumidores finais como para outras empresas. A AMSO usa a plataforma edrone para maximizar o engajamento de seus clientes, atingir novos públicos e maximizar as conversões em venda.

Agora que já provamos por A+B que o recommerce é uma realidade, veja por que apostar nessa tendência para aumentar as vendas da sua loja virtual.

5 vantagens do recommerce para lojas virtuais

1. Ampliação do público-alvo

Ao adotar uma estratégia de recommerce para a sua loja virtual, você amplia o seu público – tanto no âmbito da renda média, uma vez que oferece produtos a preços mais acessíveis para todas as esferas da sociedade, quanto na faixa etária.

Segundo a pesquisa da ThredUp, o recommerce é um atrativo especialmente para jovens da geração Z (nascidos entre a segunda metade da década de 1990 até o início de 2010).

2. Ampliação da oferta de produtos

O recommerce também permite a ampliação da oferta de produtos, uma vez que, além de peças usadas, pode incluir elementos vintage, customizados, ou objetos com pequenos reparos.

3. Prática sustentável

O recommerce é uma prática sustentável, contribui para a economia circular e diminui a produção de lixo em todo o planeta, valorizando um consumo mais consciente da população.

4. Responsabilidade social

O recommerce possibilita o acesso de mais pessoas a diferentes produtos com preços menores. Por isso, pode ser considerada uma prática de responsabilidade social que amplia o acesso de todas as camadas da sociedade a produtos antes consumidos apenas por um público restrito.

5. Aumento dos lucros

Com maior oferta de produtos e ampliação do público-alvo, o aumento das vendas é uma consequência natural. No entanto, para garantir que a estratégia de recommerce seja potencializada em sua loja virtual, é importante atingir novos públicos e engajá-los com mensagens personalizadas. Para isso, é necessário contar com uma ferramenta de CRM e automação de marketing especializada em e-commerce.

 

Artigo por Anna Carolina Neiva, especialista de conteúdo na edrone