Quando um empresário decide criar um e-commerce pela primeira vez, ele traz consigo apenas o seu conhecimento como usuário, isto é, a experiência de comprador: a pessoa que acessa um site e realiza uma compra. Ele não tem nenhuma ideia de como a loja funciona do ponto de vista de um lojista.
Sendo assim, vou me permitir usar uma analogia didática já um tanto batida mas muito ilustrativa para essa problemática e comparar a complexidade de uma loja virtual com um iceberg. Esses gigantescos pedaços de gelo que flutuam no mar possuem cerca de 90% do seu volume total embaixo da superfície do mar. Isto é, apenas 10% fica visível.
Veja a ilustração a seguir.
Em comparação, o conhecimento desse “empresário de primeira viagem”, ou mesmo aquele experiente mas que nunca estruturou um negócio digital, se refere somente ao que está emerso, aquilo que é visível. As funcionalidades presentes na parte submersa são as características que ele precisa conhecer a fundo se deseja criar um negócio lucrativo.
O site propriamente dito, a vitrine que fica disponível para o cliente final, corresponde ao que chamamos tecnicamente de front-end. É aquilo que o consumidor enxerga e o que entende como operação de e-commerce. Na parte submersa, fica o back-end, o painel interno de controle do lojista, o sistema de rotinas físicas, lógicas ou automatizadoras da loja e todos os outros serviços necessários para a loja funcionar. As ilustrações a seguir descrevem essas diferenças de percepção com mais detalhes.
Como funciona a operação de um e-commerce na visão do CONSUMIDOR:
Como funciona a operação de um e-commerce na visão do LOJISTA:
Você está pronto para mergulhar neste universo? Dependendo de qual será sua função numa operação de e-commerce, você precisará mergulhar mais em uma especialidade, mas é importante conhecer a fundo os aspectos estratégicos de todas as áreas de competência.